Por Mauro Mueller / Quantum Dox

Você assistiu O Garoto (The Kid), o clássico filme do gênio Charles Chaplin?

Já assisti várias vezes e, na mais recente ocasião, parei na cena do vidraceiro.

Chaplin é um vidraceiro, e seu filho adotivo, que foi literalmente achado na rua (aconselho assistir, caso ainda não tenha visto), vive as dificuldades da vida junto com o pai, que se vira como pode para conseguir dinheiro. Chaplin tem um plano malandro: o garoto (Jackie Coogan) pega uma pedra, atira e quebra a vidraça. Logo depois, Chaplin aparece como vidraceiro e oferece seus serviços. É claro que a dona da casa aceita, e assim eles faturam dinheiro suficiente para comprar comida.

Essa cena é um misto de crítica social e política e, ainda hoje, chama a atenção de quem assiste, pela sua genialidade, apesar de o filme ter sido lançado em 1921.

Se fizermos uma analogia com a Matrix, podemos refletir juntos: o garoto que atira a pedra na janela é um militante manipulado pelo sistema. A pedra é o sistema, e o vidraceiro faz parte do establishment.

A dona da janela somos eu e você.

O mundo está cheio de garotos quebrando a vidraça da sua vida a mando do vidraceiro.

Nem preciso pedir para você lembrar de coincidências incríveis, seja assistindo à televisão, no trabalho ou na escola… Os governos são a pedra. Eles arranjam um militante que faz o papel do garoto, inflamando-o a tomar a pedra e acreditar que, ao atirá-la na janela, conseguirá comida. O governo, então, já combinou com o vidraceiro, que será chamado assim que o povo – que mora na casa com a janela quebrada – precisar consertar o vidro. Para ter o produto e prestar o serviço, o vidraceiro paga tributos ao governo.

Assim, nós, os donos da vidraça, estamos sendo ludibriados pelo garoto e pelo vidraceiro – muitas vezes com a articulação do governo, que se disfarça de pedra.

Você precisa de água, que é gratuita em rios, mares e poços artesianos. Mas, para que ela chegue à torneira da sua pia, você paga. E não é barato. Criou-se uma grande necessidade a partir de uma dádiva divina, natural e gratuita.

Você aprendeu a ser rico frequentando a escola fundamental? O ensino médio? A universidade? Não. No ensino fundamental e médio, aprendemos o básico: ler, escrever, calcular. Aprendemos superficialmente sobre o mundo, nosso país, as leis da física, os elementos químicos e como nosso território foi “descoberto”.

Na universidade, aprendemos uma profissão. Mas como ganhar, fazer ou produzir riquezas pessoais, não aprendemos. Empreender se aprende com a labuta do dia a dia, com os pais, mães e parentes, enfrentando seus medos e descobrindo como funciona o jogo da pedra na vidraça.

Quando descobrimos como essa manipulação acontece – como fazem o garoto jogar a pedra, como convencem o vidraceiro a estar preparado no momento da pedrada e como prospectam a dona da janela para oferecer o melhor vidro e o melhor serviço –, despertamos para fazer parte do jogo. Mas não mais como simples donos da janela. Tornamo-nos protetores dessa vidraça chamada nosso mundo.

Se transferirmos esse conceito para nossa atividade profissional, podemos buscar ética, dedicação, estudo, preparação e prática para estarmos prontos quando o cliente, patrão ou gestor precisar de nosso expertise – sem precisar provocar o garoto a jogar a pedra e causar dano ao vizinho.

Estamos sendo bombardeados diariamente com mensagens da Matrix, que provocam o garoto a jogar a pedra.

Precisamos despertar e começar a avisar os vizinhos, para que não caiam nesse golpe. Precisamos conscientizar o garoto e o vidraceiro de que existe um sistema engajado em manipular suas mentes, fazendo parecer natural quebrar a vidraça para conseguir dinheiro para comer.

Há um mundo incrível além dessa cena. Há um novo comportamento, em que não precisamos mais acreditar que uma pedra seja a solução do problema. A solução está na busca pelo conhecimento.

Precisamos aprender como eles convencem o garoto. Precisamos entender como eles provocam o vidraceiro a usar esse método. E, quando soubermos como esse jogo funciona, devemos começar a mover as peças para servir ao próximo – para que ninguém mais caia no conto da “pedra na vidraça”.

No filme, a mãe, que se perdeu do garoto recém-nascido por conta de um assalto, torna-se uma cantora de sucesso e reencontra o pai, que também fica rico. O final feliz acontece quando o casal reencontra o garoto, descobre que ele é seu filho e pede para a polícia trazer Chaplin para morar com eles.

Chega de spoiler, porque esse clássico é surpreendente, mesmo sabendo como termina.

É mais ou menos assim que o mundo funciona. Quando descobrimos como se joga, aí é que o jogo fica mais interessante.

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