Por Mauro Mueller

Ultimamente, conversando com o meu amigo, professor e irmão de coração Andre Wormsbecker, o tão polêmico sistema clássico de crenças foi tema dos nossos debates e, nos últimos sete anos, tenho dito: “por que não estudei mecânica quântica antes?”, ou ainda: “por que não estudei a arte do palhaço antes?”. Sim, porque estas duas “matérias” me fizeram acordar, mas vou usar o termo “despertar”.

Nasci numa família linda, de pai Luterano e mãe Católica. Cumprido uma promessa de noivado, feita de meu pai para a minha avó, os seis filhos passaram pelos ritos da Igreja Católica (batismo, primeira comunhão e crisma), mas minha mãe e os seis filhos, transitavam nas duas igrejas, sem nenhum debate, sem nenhum tipo de obrigação. Mais tarde, me casei com uma Católica (maravilhosa).

Nunca vi meus pais discutindo qual doutrina era a melhor. Eu ia nas missas e cultos, com a certeza de que o Deus, criador de tudo, não inventou as religiões. Nem Jesus de Nazaré criou religiões. Eu ouvia, lia e captava as duas, com gosto, porém nunca me aprofundando, nunca estudioso. Apenas fiel e em respeito a toda doutrina, que foi passando de avós para os pais e de pais para estes seis filhos, eu também cumpri direitinho as obrigações de Cristão. E confesso: Até a fase adulta eram apenas obrigações mesmo, não tendo o interesse no estudo destes temas.

Estudando mecânica quântica, abri a mente sobre a criação divina, comecei a estudar a história antiga, a história das escrituras sagradas, mergulhei neste vasto universo da Centelha Divina e fui saindo da formatação tradicional, até me conscientizar que Deus é algo muito maior e melhor do que aquela doutrina toda que eu tinha conhecimento. Respeito todas as religiões, maior legado dos meus pais, quero deixar claro.

Aí, você pergunta onde o Palhaço entra nesta história?

Aprendi que criança cria, adulterada, vira adulto, com suas crenças. Muitas crenças, instaladas no subconsciente, são gravadas e nos fazem dar o play, independente se estamos certos ou não. Lembro que o certo para mim, talvez não seja tão certo para você, dependendo das nossas crenças. É provado pela ciência que 95% de tudo que fazemos está gravado, a gente apenas repete o que gravou. Difícil é reprogramar, sair desta forma e reformatar o nosso HD mental. Os meus estudos sobre o palhaço apertou reset e este control+alt+del (parcial) foi realizado com sucesso. A palhaçaria não tem nada a ver com religião, mas provocou em mim uma gigantesca vontade de estudar, coisa que nem a escola básica provocou. Tomei gosto pelo estudo de tudo que existe à minha volta, desde coisas do dia a dia, como estes temas que escrevi acima. Me tornei mais curioso e interessado.

Estudando palhaçaria, me dei conta que poderia sair da forma, desgrudar a mente dos limites da crença e pude sair em busca de mais conhecimentos. Aprendi as técnicas de Palhaço, mas também a incentivar a neuroplasticidade, aguçar a curiosidade e voltar a criar, igual crianças fazem na fase das descobertas. Fiz muitas coisas pela primeira vez, como andar de monociclo, subir uma parede de escalada, atirar com arco, ler livros, assistir palestras, estudar… Estudo muito.

Comecei a ler e estudar sobre como nasceram as minhas crenças, como se deu o surgimento do Cristianismo, como chegamos aos dias de hoje e como as sagradas escrituras foram sendo elaboradas, como fomos fazendo parte desta Matrix, como chegamos na livraria e compramos uma Bíblia, quem foram os responsáveis por propagar a Torah, o Novo Testamento, como tudo isto me transformou no que hoje eu, como duplamente religioso, sou.

Frase do técnico Bernardinho: “ter mais conhecimento melhora o nível das minhas perguntas”. Não sei tudo, mas tudo o que hoje sei, aumenta minhas dúvidas. Hoje, gosto muito de ter mais dúvidas que certezas, gosto das leituras, gosto de consultar os historiadores, os teólogos, os ufólogos, os ativistas quânticos, gosto de controvérsias e adoro que me perguntem, que duvidem da minha visão. Pois assim, me faz pesquisar. Teve um tempo que minhas certezas me derrubavam, hoje as minhas dúvidas edificam até a minha fé.

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