Por Mauro Mueller / Quantum Dox

A partir do século IV, a Igreja Católica instituiu duas datas, celebrando os mortos. O primeiro dia de novembro era reservado para veneração de todos os santos, os grandes mártires da história da fé. Pessoas que morreram defendendo o Cristianismo. E no dia 2 de novembro, o Dia de Finados, para lembrarmos dos nossos entes queridos, que morreram e deixaram o legado às suas famílias e amigos.

O Dia de Todos os Santos, no idioma inglês, é All Hallows Eve. Dia de Finados em inglês é All Souls Day.

Na era medieval, existia um costume dos irlandeses, em realizar o Festival da Colheita, uma festa pagã, com dança, comida, bebida e agradecimento à colheita, já que o inverno e tempos difíceis se aproximavam. Acreditavam que, neste período, os espíritos dos mortos vagavam pela Terra. Em alguns lugares da Europa, havia uma crença de que os mágicos, fadas, elfos e trolls, poderiam ser vistos. Logicamente, isto jamais teve alguma comprovação.

Em vários lugares pelo mundo, as crenças no Dia de Finados levaram os fiéis a praticar ritos dos mais diversos, desde remover e decorar as caveiras de entes queridos, até crianças indo bater nas casas, pedindo orações aos entes queridos, para que os tempos de Purgatório deles fossem amenizados ou menores. Com a revolução protestante, os fiéis combatiam a veneração de imagens e as datas criadas pela Igreja Católica.

No Século XIX, a imigração dos Europeus para os Estados Unidos fez a mistura destes costumes e crendices e os comerciantes criaram um dia para vender objetos, fantasias e as crianças passaram a bater nas casas, pedindo doces em vez de orações e travessuras seriam feitas, caso o morador não entrasse na brincadeira. Neste dia, os fantasminhas infantis batem às portas, pedindo doces ou travessuras e o comércio sazonal se deu muito bem, movimentando bilhões em dinheiro ao redor do planeta todos os anos. Então, o dia 31 de outubro seria o Helloween, dia 1 de novembro o All Hallows Eve e dia 2, o All Souls Day. Não à toa, mais uma festa “americanizada” em torno do comércio.

Então, quando alguém lhe disser que Halloween é coisa do capeta, compartilhe esta explicação e diga-lhe que esta data é só mais uma crendice comercial, tais como os ovos de páscoa e os presentes de Natal, elaborados para aquecer as vendas do comércio. A Páscoa é feita de chocolates, mas na real, nós sabemos que marca a morte e ressurreição de Jesus de Nazaré, também em cima de uma Páscoa que já existia antes do nascimento de Jesus Nazareno. O Natal da árvore e do Papai Noel, são criações do comércio, na mesma data do aniversário de Jesus de Nazaré. Historicamente, já se sabe que Jesus pode ter nascido em Setembro. Mas, temos uma data para celebrar, o que parece boa, na coincidência do fim de ano, emenda com as festas de Réveillon.

Se alguém se fantasia de capeta, ou de fantasma, vai depender de sua crença levar à sério a fantasia, pois tudo está na sua mente, inclusive as fantasias de personagens de filmes de ficção e terror, muito usados para aterrorizar ainda mais o Halloween.

A pergunta é: você acredita que usar uma fantasia e brincar de fantasma, pedindo doces na vizinhança vai causar mal a alguém? Então é melhor não brincar.

Beleza, por gentileza, preciso dos nomes certinhos de todos os integrantes para liberação nas catracas e placas de carro para o estacionamento, no P2.

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