Por Mauro Mueller
Logo que aprendemos a falar, aprendemos a pedir.
Queremos e temos desejos. Crescemos e aprendemos que temos que batalhar para ter o que queremos.
Aprendemos a correr atrás. Aprendemos a criar o caos da mente.
Entramos numa correria para tentar realizar nossos sonhos.
E o barulho da vida impede de ouvir o som da voz de Deus.
O universo, Deus, está sempre nos atendendo.
Ele já atendeu a tudo.
Nos deu a centelha divina.
Nós precisamos silenciar a mente para poder escutar.
Renda-se ao silêncio.
No Islã, é o Salat. Para budistas e adeptos de Krishna, é a meditação. Os judeus o chamam de Tefilá, e os cristãos, de oração.
Na verdade, escutar a sua mente é permitir que a voz divina ecoe através de seus melhores desejos, pois dentro de você habita o “Ser” — aquilo que você realmente é, aquele com quem estamos em companhia 24 horas por dia, consciente ou inconscientemente. Passamos todo o tempo com nossa mente, imersos em pensamentos, buscando ideias, refletindo, procurando respostas, numa busca incansável por ter, conquistar, obter e ganhar.
Muitas vezes, procuramos ao nosso redor: em casa, na escola, no trabalho, na festa, no churrasco, em reuniões e até nas igrejas. E, com frequência, não procuramos no único lugar certo. Atribui-se a Jesus de Nazaré uma passagem na qual os fariseus perguntam onde estaria o Reino de Deus. Ele respondeu que o Reino não vem com aparência exterior: “O Reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17:20–21).
Portanto, chame de reza, oração, meditação, Tefilá ou Salat: a prática de ouvir “o seu reino” — o reino da sua mente — transporta sua consciência aos arquivos mais profundos da alma, onde residem as respostas que tanto buscamos, com pressa, do lado de fora, produzindo todo esse “barulho” externo.
“Tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis.” (Mateus 21:22)
“Mas, quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompensará.” (Mateus 6:6)
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