Por Mauro Mueller / Quantum Dox

Gnósticos.

Quem são?

Onde vivem?

Do que se alimentam?

Os grupos gnósticos foram formados há milhares de anos.

Mas… o que é, afinal, o Gnosticismo?

Gnosticismo é a busca pelo conhecimento — não o conhecimento técnico ou científico, mas aquele que liberta o ser. É uma jornada interior de revelação e despertar. Entre os grupos mais conhecidos estava o que se reunia no Mosteiro de São Pacômio, na região de Nag Hammadi, no Egito — entre outros locais sagrados de estudo e oração.

Ali, reunia-se um grupo de pensadores que trazia um novo olhar sobre o cristianismo. O ideal gnóstico-cristão era centrado na oração e no conhecimento interior. Eles se distanciavam dos bens materiais, não tinham ambições políticas, rejeitavam disputas por razão ou poder — e se mantinham alheios a tudo que confrontasse o outro.

Sua atenção estava voltada à espiritualização da vida. A busca pelo saber era, para eles, o caminho da libertação — e o renascimento do “Cristo interior” era o seu conceito fundamental.

A célebre frase encontrada na Biblioteca de Nag Hammadi resume esse princípio:

“Quem encontrar a interpretação destes provérbios não conhecerá a morte.”

Os gnósticos foram duramente perseguidos pelos primeiros líderes do cristianismo institucionalizado, especialmente após o Édito de Tessalônica, em 380 d.C., quando o imperador Teodósio I tornou o cristianismo religião oficial do Império Romano. A partir de então, o Gnosticismo foi proibido e seus textos considerados heréticos.

Os manuscritos gnósticos encontrados em Nag Hammadi, em 1945, haviam sido escondidos em uma caverna por cerca de 1.500 anos, numa tentativa de protegê-los da destruição. Esses textos revelam que os gnósticos eram, sim, cristãos— mas também filósofos e místicos, com uma visão profunda e muitas vezes simbólica dos ensinamentos de Jesus.

Na época em que esses escritos eram escondidos, o grupo do Mosteiro de São Pacômio fazia uma seleção dos textos considerados sagrados. Foi nesse momento que o Bispo Epifânio denunciou os gnósticos em sua obra chamada “Caixa de Remédio”, onde os chamou de “atrevidos, insolentes” e afirmou:

“Escapei sem morder a isca.”

Com isso, os gnósticos foram expulsos — e a história foi silenciada.

O cristianismo imperial, então, passou a selecionar o que podia ser lido e destruir o que considerava perigoso. E assim, o Gnosticismo foi classificado como heresia.

Estudiosos estimam que os gnósticos tiveram contato com os primeiros discípulos: Tomé, Maria Madalena, Maria, mãe de Jesus, Tiago, irmão de Jesus, e até Pedro. Há quem afirme que o próprio Jesus ensinou aos gnósticos após sua crucificação, em manifestações espirituais ou visionárias.

Muitas frases e diálogos presentes no Novo Testamento também aparecem nos manuscritos de Nag Hammadi, o que nos leva a crer que esses textos guardam uma tradição alternativa, mas legítima, do cristianismo primitivo.

Um dos manuscritos mais enigmáticos é o Evangelho de Tomé, considerado apócrifo (não autorizado pela Igreja oficial), e encontrado nessa caverna em 1945. Nele, os gnósticos revelam que acreditavam na ressurreição como uma vestimenta de luz — e não como o retorno físico em carne e osso.

Dentro dessa visão, Jesus seria um ser de luz, que alcançou a ressurreição muito antes da crucificação pregada nos Evangelhos canônicos.

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